Thera Letra: Alfabetização Multissensorial

Psic. Me. Francyelle Marques
April 28, 2025
Thera Letra: Alfabetização Multissensorial

A Therafy, reconhecida nacionalmente pelo uso pioneiro da realidade virtual no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, anuncia o lançamento do Thera Letra, uma nova atividade imersiva criada para potencializar o processo de alfabetização de forma multissensorial e gamificada.

Desenvolvido com base em evidências científicas e construído em parceria com especialistas em desenvolvimento humano e tecnologia, o Thera Letra chega como um recurso multissensorial, promovendo atividades de aprendizagem que combinam estímulos sensoriais, sejam eles: estímulos visuais, auditivos e motores. Esse recurso transforma o aprendizado em uma experiência lúdica, significativa e culturalmente conectada à realidade brasileira.

Gamificação com propósito: os desafios do Thera Letra

Imerso em um cenário encantador de fazendinha, com elementos da fauna e cultura brasileiras, como a arara, o Thera Letra propõe uma jornada completa de aprendizagem para cada letra do alfabeto, composta por seis etapas:

  1. Pegar a letra: A criança identifica e captura a letra no espaço virtual. Este desafio estimula a percepção visual, o reconhecimento de formas e a coordenação motora fina e ampla. Durante esse desafio, quando o jogador pega a letra, os controles vibram, estimulando o tato. Conforme defendido por Jean Piaget (1952), o desenvolvimento cognitivo na infância é profundamente influenciado pelas interações sensoriais e motoras com o ambiente.
  2. Escrever a letra: Utilizando controles com sensores de movimento, a criança desenha a letra, favorecendo o desenvolvimento psicomotor e reforçando a memória visual e cinestésica. As teorias de Vygotsky (1978) sobre a zona de desenvolvimento proximal apontam a importância da mediação adequada e do uso de ferramentas culturais - como a tecnologia - para a aprendizagem efetiva.
  3. Falar o som da letra: Por meio de reconhecimento de voz, a criança é convidada a pronunciar o fonema correspondente. Este desafio está alinhado com os estudos de Stanislas Dehaene (2009), que evidenciam a importância da consciência fonológica para a aquisição da leitura, especialmente em crianças com dislexia e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
  4. Falar a palavra: Aqui, a palavra que começa com a letra ensinada é apresentada por completo. Essa etapa contextualiza o aprendizado, promovendo a compreensão do vocabulário e o uso funcional da linguagem. A nomeação da palavra, dentro de um contexto, promove a leitura com compreensão do significado.
  5. Falar outra palavra: Dentro do contexto, o jogador deve falar outra palavra que começa com a letra do desafio.
  6. Falar a 3º palavra que começa com a letra trabalhada: a repetição é fundamental para fortalecer as conexões neurais geradas durante a atividade.

Base científica: alfabetização estruturada e neurodiversidade

O Thera Letras foi idealizado a partir de metodologias baseadas em evidências, como a abordagem multissensorial de Orton-Gillingham e os métodos fônicos estruturados, altamente recomendados para o ensino a crianças com dificuldades de aprendizagem. 

Os programas Orton-Gilingham são pautados em pesquisas científicas e específicos para indivíduos com dislexia (Transtorno Específico da Aprendizagem da leitura, com prejuízos no reconhecimento de palavras) e pessoas com dificuldades mais gerais de aprendizagem da leitura. Entre os seus pressupostos estão as abordagens multissensoriais e fônicas. 

A aquisição da habilidade de leitura é considerada uma dificuldade multissensorial, em que o leitor tem que combinar um elemento visual (grafema) com um elemento auditivo (fonema) em uma nova unidade audiovisual. Para tanto, a consciência fonológica é considerada, segundo Goswami (2001), um dos preditores mais robustos do sucesso na alfabetização.

Para crianças neurodivergentes, a combinação entre estímulos visuais, auditivos e motores proporciona uma via de aprendizagem mais eficaz, respeitando o ritmo e o estilo de aprendizagem de cada um. Sendo assim, a   abordagem   multissensorial   se   revela, particularmente, benéfica ao oferecer  atividades  que utilizam  múltiplas  modalidades  sensoriais para  facilitar  a compreensão  da  linguagem  escrita  de  maneiras  que  respeitam  e  atendem  às suas  necessidades  específicas  (Bogdashina,  2010).

A tecnologia Therafy, por meio da realidade virtual permite o controle fino de estímulos, prevenindo sobrecargas sensoriais, e favorecendo o foco, a repetição e a autonomia no processo.

Educar com amor, tecnologia e ciência feita no Brasil

O lançamento do Thera Letra também representa um marco para a inovação educacional no Brasil: trata-se de uma tecnologia de ponta, desenvolvida nacionalmente, que alia ciência, educação e inclusão. Em um cenário global em que a maioria das soluções tecnológicas é importada, a Therafy mostra que o Brasil tem competência, criatividade e sensibilidade para desenvolver recursos altamente eficazes e culturalmente relevantes.

A Therafy acredita que a alfabetização vai além da decodificação de letras: é a porta de entrada para a autonomia, para a expressão e para a inclusão. Com o Thera Letra, a Therafy reafirma seu compromisso com o aprendizado e o desenvolvimento humano, criando tencnologias envolventes e centrada na singularidade de cada criança.

O jogo já pode ser utilizado em escolas e clínicas de todo o Brasil. A versão beta já foi lançada na plataforma Therafy para que os assinantes possam testar e apresentar suas considerações sobre a experiência e desta forma, reafirmamos nosso compromisso com a escuta e a valorização das experiências dos profissionais para o desenvolvimento de uma plataforma definitivamente capaz de responder às necessidades de cada pessoa que utiliza. E assim, aproximando a teoria da prática, construímos uma tecnologia eficiente.

Mais do que um jogo, o Thera Letra é uma experiência transformadora de aprendizagem, afeto e identidade brasileira.